O ser humano é exigente aos produtos de limpeza existentes no mercado e, com a tecnologia existente, temos uma grande variedade destes à disposição dos consumidores a fim de trazer conforto e bem estar.
Existem xampus para todos os tipos de cabelo, sabonetes com os mais variados perfumes e que protegem de todas bactérias, enxaguatórios bucais, sabões de todo tipo, detergentes, etc
O que não sabíamos, até pouco tempo, é que estes mesmos produtos que nos trazem conforto, contêm em suas formulações substâncias que não são degradadas inteiramente: são os micropoluentes.
Acontece da seguinte forma: após serem utilizados na higiene pessoal, estes vão para o sistema de coleta de esgoto e passam pelas estações de tratamento sem serem removidos, chegando a rios, lagos, mar e até mesmo à água de beber.
No momento pesquisadores estudam uma vasta lista de substâncias químicas micropoluentes existentes em produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza, remédios, anticoncepcionais, cremes para pele e rosto, bloqueadores solar, perfumes, cremes dentais, dentre outros.
Como exemplo de micropoluentes temos o triclosan.
O triclosan é um agente anti-séptico efetivo contra bactérias gram negativas, bem como gram positivas. É eficaz também contra fungos e bolores, sendo encontrado em sabonetes antissépticos, cosméticos, xampus e enxaguatórios bucais. Trabalhos científicos já demonstraram que a presença do triclosan no meio ambiente pode favorecer o surgimento de bactérias super-resistentes que, caso atinjam o organismo humano, são capazes de causar infecções que dificilmente são curadas pelos antibióticos disponíveis no mercado, além de causar hermafroditismo em peixes-macho, mudança de sexo em várias espécies de organismos aquático.
Percebemos então que a evolução tecnológica nos trouxe muitos benefícios e muitos malefícios. Além dos problemas climáticos que estamos enfrentando como conseqüência da poluição, temos também o problema de saúde, com bactérias altamente resistentes, aumento do câncer de mama, anormalidades na formação do sistema reprodutivo humano, e problemas endócrinos como concluem os pesquisadores.
O que fazer?
Podemos começar pelo básico: Despejar o mínimo destes produtos na rede de esgoto.
Como? Ao descartar remédios, não jogá-los na rede de esgoto. Embale-os em sacos e coloque-os no lixo, nunca em vasos sanitários ou em pias.
Antes de tomar banho, limpe a pele do rosto com algodão e jogue-o no lixo.
Só utilize os produtos realmente quando necessário. Você não precisa usar enxaguatório bucal todos os dias, e é comprovado que seu uso excessivo causa câncer de boca.
Nunca esvazie um vidro de perfume na pia, vaso sanitário ou outro local que vá resultar no esgoto.
Somos seres humanos criativos e sei que cada um tem uma solução para evitar que contaminemos ainda mais nossas águas que, após tratadas, voltam às nossas torneiras.
Enquanto esperamos a solução de nossos pesquisadores lembremos sempre que vamos usar esta água em nossas comidas, banhos e até para beber.
Mas também podemos nos unir, deixem aqui uma dica para minimizar a contaminação de nosso meio ambiente com os micropoluentes.
Abraços
27 de setembro de 2010
20 de setembro de 2010
Telhados brancos - 'cool roofs'
Qual o critério que usamos para escolher as cores dos ambientes externos e telhados?
Levamos em conta a qualidade de cada cor?
O sol propicia tanto energia quanto calor, e este calor é absorvido com facilidade por cores escuras. Podemos sentir isso em um lindo dia de sol caminhando nas calçadas de ruas asfaltadas ou quando usamos roupas pretas debaixo do sol.
Sabemos que em um dia de sol, os telhados cobertos de piche como os usados em New York, podem atingir uma temperatura de mais de 80 graus, pois estes absorvem 90% da energia calórica do sol. Em conseqüência disso, para diminuir a temperatura ambiente usa-se mais ar-condicionado ou ventilador, ou seja, consome-se mais energia aumentando assim a emissão de Dióxido de Carbono na atmosfera.
Até a metade do século 20, casas brancas, com telhados brancos ou de material reflexivo eram normas em muitos países. Quando surgiu o ar condicionado deixou-se de lado a preocupação com medidas “limpas” para se ter uma temperatura amena no interior das residências. E foi caindo em desuso o conhecimento tradicional de ambientes frescos sem ventiladores ou ar condicionado. Entretanto não podemos cair no generalismo, pois os países mediterrâneos ainda põem em prática este conhecimento. Suas casas são brancas, com telhados brancos e janelas em posição para uma boa ventilação.
Um telhado branco absorve apenas 10% a 15% do calor recebido. Cada 100 m² de superfície pintada em cores claras podem compensar 10 toneladas na emissão de dióxido de carbono na atmosfera. Ou ainda, se todos os telhados do mundo fossem claros, teríamos uma redução equivalente a 24 bilhões de toneladas em emissões de dióxidos de carbono, nos próximos 20 anos.
Imagine então se tivéssemos toda a pavimentação das cidades e rodovias em cores branca ou claras.
Não tendo ambientes muito quentes, precisaríamos de menos ar condicionado ou ventiladores, gastaríamos menos energia, pagaríamos contas menores de eletricidade, não teríamos risco de apagão, e a natureza e seus rios agradeceriam.
Nos Estados Unidos existe um programa do governo chamado Energy Star, cujo objetivo é estimular projetos que promovam eficiência energética. Departamentos estaduais de energia e empresas locais de eletricidade muitas vezes oferecem financiamento aos interessados em adquirir telhados frios. Esses telhados também podem qualificar os proprietários de imóveis que os utilizem para créditos tributários, caso os materiais empregados constem da lista de produtos aprovados pelo programa.
E o Brasil?
Está na hora de nós também pensarmos mais sobre esta solução tão barata.
Pintar um telhado de branco, e até as paredes exteriores é uma solução que qualquer classe social pode executar.
O que precisamos é divulgar mais e nossos governantes “comprarem” a idéia.
Quem sabe os novos governantes que assumirão em janeiro de 2011, ao construírem casas populares, lembrarão desta simples solução e já construirão as moradias com os telhados e paredes brancas.
Quem sabe estes novos governantes incentivem e conscientizem a população deste recurso que temos ao alcance.
Um dia, não muito longe, espero, poderemos dizer que o Brasil aprendeu uma lição tão simples e seja também exemplo para muitas outras nações.
Levamos em conta a qualidade de cada cor?
O sol propicia tanto energia quanto calor, e este calor é absorvido com facilidade por cores escuras. Podemos sentir isso em um lindo dia de sol caminhando nas calçadas de ruas asfaltadas ou quando usamos roupas pretas debaixo do sol.
Sabemos que em um dia de sol, os telhados cobertos de piche como os usados em New York, podem atingir uma temperatura de mais de 80 graus, pois estes absorvem 90% da energia calórica do sol. Em conseqüência disso, para diminuir a temperatura ambiente usa-se mais ar-condicionado ou ventilador, ou seja, consome-se mais energia aumentando assim a emissão de Dióxido de Carbono na atmosfera.
Até a metade do século 20, casas brancas, com telhados brancos ou de material reflexivo eram normas em muitos países. Quando surgiu o ar condicionado deixou-se de lado a preocupação com medidas “limpas” para se ter uma temperatura amena no interior das residências. E foi caindo em desuso o conhecimento tradicional de ambientes frescos sem ventiladores ou ar condicionado. Entretanto não podemos cair no generalismo, pois os países mediterrâneos ainda põem em prática este conhecimento. Suas casas são brancas, com telhados brancos e janelas em posição para uma boa ventilação.
Um telhado branco absorve apenas 10% a 15% do calor recebido. Cada 100 m² de superfície pintada em cores claras podem compensar 10 toneladas na emissão de dióxido de carbono na atmosfera. Ou ainda, se todos os telhados do mundo fossem claros, teríamos uma redução equivalente a 24 bilhões de toneladas em emissões de dióxidos de carbono, nos próximos 20 anos.
Imagine então se tivéssemos toda a pavimentação das cidades e rodovias em cores branca ou claras.
Não tendo ambientes muito quentes, precisaríamos de menos ar condicionado ou ventiladores, gastaríamos menos energia, pagaríamos contas menores de eletricidade, não teríamos risco de apagão, e a natureza e seus rios agradeceriam.
Nos Estados Unidos existe um programa do governo chamado Energy Star, cujo objetivo é estimular projetos que promovam eficiência energética. Departamentos estaduais de energia e empresas locais de eletricidade muitas vezes oferecem financiamento aos interessados em adquirir telhados frios. Esses telhados também podem qualificar os proprietários de imóveis que os utilizem para créditos tributários, caso os materiais empregados constem da lista de produtos aprovados pelo programa.
E o Brasil?
Está na hora de nós também pensarmos mais sobre esta solução tão barata.
Pintar um telhado de branco, e até as paredes exteriores é uma solução que qualquer classe social pode executar.
O que precisamos é divulgar mais e nossos governantes “comprarem” a idéia.
Quem sabe os novos governantes que assumirão em janeiro de 2011, ao construírem casas populares, lembrarão desta simples solução e já construirão as moradias com os telhados e paredes brancas.
Quem sabe estes novos governantes incentivem e conscientizem a população deste recurso que temos ao alcance.
Um dia, não muito longe, espero, poderemos dizer que o Brasil aprendeu uma lição tão simples e seja também exemplo para muitas outras nações.
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