As conclusões do relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), apresentado esta semana a ministros da área, representantes de 100 países, que o desenvolvimento sustentável poderá levar a economia mundial a um crescimento acima do atual, contribuindo, inclusive, para o combate à pobreza e ao desperdício.
Segundo o estudo, o investimento de apenas 2% da atual riqueza mundial em setores que alavancam o desenvolvimento sustentável poderá promover um crescimento da economia global acima do limite máximo imposto pelo atual modelo econômico. Eis aí uma conclusão que desautoriza os que ainda batem na velha tecla de que investimento ambiental retarda ou impede o crescimento econômico.
O relatório do PNUMA aponta que entre 1% e 2% do PIB global hoje é gasto com atividades que, a médio e longo prazo, vão esgotar os recursos naturais do planeta. Aponta, também, a agricultura, a construção civil, o abastecimento de água e energia, a pesca, a silvicultura, a indústria, o turismo, os transportes e o manejo de resíduos como áreas fundamentais para uma economia mundial mais sustentável.
Diminuição das desigualdades
Uma sustentabilidade que pode contribuir não só para a redução das ameaças ambientais, mas, sobretudo, para diminuir as gigantescas desigualdades sociais em todo o globo. Segundo o órgão da ONU, o redirecionamento de US$ 1,3 trilhão anuais em iniciativas sustentáveis, através de políticas públicas, teriam um impacto imenso não apenas para os países desenvolvidos, mas principalmente para os em desenvolvimento.
Na realidade, os investimentos em energia alternativa são a saída para a atual crise mundial. Eles respondem às necessidades de energia barata e limpa. São fundamentais, inclusive, para superar o estancamento da economia de países como os Estados Unidos e para a questão ambiental, mesmo porque aumentam a produtividade com redução do uso e do custo da água e da energia.
Países como o Brasil estão em posição de vantagem dado a produção de fontes de energia renovável e de novas tecnologias. Não há outro caminho: devemos investir cada vez mais em nova tecnologia e na produção de biomassa, uma nova vantagem comparativa de nossa economia que precisa ser priorizada.
Fonte: http://correiodobrasil.com.br/sustentabilidade-opcao-para-crescimento/214034/
Fonte: http://correiodobrasil.com.br/sustentabilidade-opcao-para-crescimento/214034/