14 de novembro de 2012

Cartilha do Ministério do Meio Ambiente orienta sobre consumismo infantil


SÃO PAULO - O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou nesta quarta-feira, 31, a cartilha Consumismo Infantil: na contramão da sustentabilidade. Em parceria com o Instituto Alana, o projeto tem como público-alvo, além das crianças, pais, professores e cuidadores.

Cartilha será distribuída pelo governo por todo o País - Divulgação
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Cartilha será distribuída pelo governo por todo o País
A publicação, disponível no site do MMA traz dicas para o consumo consciente, como doar um brinquedo usado quando receber um novo, reciclar embalagens e desligar a televisão e brincar ao ar livre. O projeto tem uma preocupação especial com a publicidade na televisão voltada para as crianças. "As crianças até 10 anos não diferenciam o que é entretenimento do que é publicidade. Anunciar para esse público é contra qualquer padrão de sustentabilidade", disse Gabriela Vuolo, do Instituto Alana.
A cartilha também trata da alimentação infantil. A dica é priorizar os lanches caseiros, que além de mais saudáveis, produzem menos resíduos. "Estamos preocupados em saber que crianças vamos deixar para o planeta, e não apenas o contrário. Porque as crianças de hoje serão as responsáveis pelas escolhas no futuro", lembra Samyra Crespo, Secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA.
Em 2013, o Ministério da Educação deverá distribuir 70 mil exemplares da obra, o Ministério do Meio Ambiente distribuirá cerca de 10 mil e a Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP) vai distribuir outros 15 mil exemplares da cartilha por todo o País. 

Emissões mundiais de CO2 sobem 2,5% em 2011, diz instituto alemão

As emissões globais de dióxido de carbono em 2011 subiram 2,5 por cento, para 34 bilhões de toneladas, um novo recorde, informou o Instituto de Energia Renovável da Alemanha (IWR), nesta terça-feira, 13.

O IWR, que fornece consultoria para ministérios alemães, mencionou a atividade recuperada da indústria após o fim da crise econômica global dos últimos anos.

"Se a tendência atual for mantida, as emissões mundiais de CO2 irão subir outros 20 por cento, para mais de 40 bilhões de toneladas até 2020", afirmou o diretor do instituto, Norbert Allnoch.

A China liderou a lista de emissores em 2011, com 8,9 bilhões de toneladas, um aumento em relação aos 8,3 bilhões do ano anterior. A produção de CO2 da China foi 50 por cento maior que as 6 milhões de toneladas produzidas pelos Estados Unidos.

A Índia ficou em terceiro, na frente da Rússia, Japão e Alemanha.

Em maio, a Agência Internacional de Energia disse que as emissões globais de CO2 cresceram 3,2 por cento desde o ano passado, para 31,6 bilhões de toneladas, lideradas pela China.

O IWR tem apresentado há muito tempo propostas para frear o aumento do uso de combustíveis fósseis e estabilizar as emissões globais do dióxido de carbono, ao relacionar a produção de cada país ao investimento obrigatório em equipamentos para proteger o clima e energia renovável.

As emissões mundiais de CO2 estão 50 por cento acima do nível de 1990, o ano tomado como base pelo Protocolo de Kyoto sobre o clima. O primeiro período do Protocolo termina em 31 de dezembro e seguirá direto para um novo período de compromissos.

A extensão do novo período deve ser decidida quando líderes mundiais encontrarem-se em Doha, este mês, para uma cúpula da ONU sobre esforços globais para enfrentar a mudança climática. A cúpula tem como objetivo finalizar um novo acordo até 2015 para redução de emissões, que entraria em vigor em 2020. 


13 de novembro de 2012

Apenas um terço das cidades tem programa de coleta seletiva de lixo


 Em 2011, apenas um terço (32,3%) das cidades do País tinha programa, projeto ou ação de coleta seletiva de lixo em atividade, revela o Perfil dos Municípios Brasileiros, divulgado nesta terça-feira, 13, pelo IBGE.

 - Divulgaçãoivulgação
É a primeira vez que o tema saneamento é abordado nesta pesquisa, que levanta informações junto às prefeituras. No entanto, cruzamento de dados com a última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), de 2008, indica que não houve avanço significativo no período em relação à coleta seletiva. A região Sul possuía a maior proporção de municípios com programas em atividade (55,8%), seguida pelo Sudeste, com 41,5%. Norte e Nordeste apresentaram as maiores proporções de municípios sem programas: 62,8% e 62,3%. Em Roraima, nenhum município tinha coleta seletiva em 2011.
"Os municípios ainda não estão estruturados com ênfase na questão do saneamento. Em relação à PNSB 2008, os dados são semelhantes. Poderia ter havido um movimento melhor na questão da coleta seletiva", diz Daniela Santos Barreto, pesquisadora da coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE.
A pesquisa também mostra que a maioria (60,5%) dos municípios brasileiros não executa qualquer acompanhamento em relação ao abastecimento de água, esgotamento sanitário e/ou drenagem e manejo de águas pluviais urbanas. Também se verificou que em 47,8% dos municípios não há órgão responsável pela fiscalização da qualidade da água.
Também mostra que as políticas de saneamento são fragmentadas e que poucos têm estrutura única de saneamento. Apesar de o plano nacional de saneamento básico prever que todos os municípios devem ter estrutura para cuidar do saneamento, apenas 28% possuem. "Em relação à lei de saneamento, ainda é preciso uma sensibilização dos municípios, para que cumpram suas responsabilidades de fiscalizar e normatizar a execução de serviços", acrescenta Daniela.

O drama do entulho eletrônico


A obsolescência programada, que faz tudo ficar velho antes da hora, é o alimento para um dos grandes problemas ambientais de nosso tempo



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Nos movimentados portos de Karachi, no Paquistão - o homônimo Karachi e Qasim -, cargueiros provenientes de Dubai transportam contêineres com peças velhas e quebradas de computadores. O lixo eletrônico recolhido vem dos Estados Unidos, Japão, Austrália, Inglaterra, Kuwait, Arábia Saudita, Singapura e Emirados Árabes.

Esse material (carcaças de discos rígidos, monitores, impressoras ou mesmo aparelhos inteiros) é reciclado no bairro de Sher Shah, onde se separa o joio do trigo. Ali, mais de 20 000 pessoas vivem da reciclagem, que é feita sem cuidados com o meio ambiente ou com a saúde. Sher Shah tem o mais alto índice de casos de câncer de pulmão e de problemas respiratórios do país, por causa da inalação de gases tóxicos, emitidos durante o processo de separação das peças. "O quilo de metal extraído na reciclagem do lixo eletrônico é comercializado a 120 rupias, ou 1,40 dólar", diz Madhumita Dutta, da organização Toxics Link India. Em Gana, na África, o quadro é semelhante.

O subúrbio de Agbogbloshie, da capital do país, Acra, é talvez o maior aterro eletrônico do mundo. É chamado pelos moradores de "Sodoma e Gomorra". No local, gangues fazem pente-fino em drives de computadores, laptops, palmtops, tablets e smartphones provenientes dos Estados Unidos e da Europa, em busca não só de material a ser vendido, mas também de informações sigilosas dos antigos proprietários. Os dados, que permanecem em geral intactos no computador, mesmo obsoleto, são usados depois em golpes pela internet. "O lixo eletrônico é um dos problemas de mais rápido crescimento no mundo", disse a VEJA a consultora Leslie Byster, da ONG International Campaign for Responsible Technology (Campanha Internacional pela Tecnologia Responsável).

O MAPA-MÚNDI DO FERRO VELHO, as idas e vindas do chamado e-lixo (em toneladas por ano)

Apesar de a Convenção de Basileia, na Suíça, em 1989, ter proibido o movimento entre fronteiras de resíduos perigosos (entre os quais as sobras eletrônicas), a legislação e notoriamente driblada pelos exportadores de traquitanas com chip, que etiquetam a carga como doação de equipamentos usados. O relatório ambiental de 2010 da ONU sobre lixo tecnológico calcula que são produzidos anualmente 50 milhões de toneladas. O relatório também prevê que o volume de dejetos procedentes de computadores abandonados crescera 500% em países como Índia, China e África do Sul ate 2020. O Brasil, o México e o Senegal são, entre as nações em desenvolvimento, os campeões mundiais de e-lixo per capita, com 0,5 quilo anual produzido por habitante.

O quadro brasileiro pode ser ainda mais grave. Segundo a professora Wanda Gunther, da Faculdade de Saúde Publica da USP, faltam dados e estudos nacionais amplos sobre o problema. mas o crescimento econômico fará aumentar a podridão eletrônica, em um caminho natural — e saudável, ate que provoque sujeira — do capitalismo. As pessoas tendem a trocar seus produtos, passando a frente os já velhos e ultrapassados. Querem o novo, e o destino final do que já não presta, ou não tem interessados na cadeia econômica, e o descarte
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Aproveite bem a água da chuva


Criar um sistema de captação pluvial básico ou até mesmo elaborado é mais simples do que parece. O meio ambiente agradece - e o seu bolso também

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Aquele aguaceiro que cai do telhado em dias de tempestade merece um destino mais nobre do que causar enchentes ou simplesmente escoar pelas galerias de esgoto. "O reúso da chuva é um investimento. Entre 35 e 50% da nossa demanda de água destina-se a fins não potáveis, e um projeto doméstico de coleta pluvial atende a esse índice", explica Jack M. Sickermann, representante da Acquasave, de Florianópolis. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou uma regra para tornar o processo mais seguro: só se pode reaproveitar a água captada em coberturas, nunca a proveniente de pisos. Bebê-la ou usá-la no banho está fora de cogitação. "Tecnicamente, até dá para transformá-la em potável, mas o processo custa caro. Por isso, o uso mais comum se dá em descargas, rega de jardins, lavagem de carros e calçadas e até para completar a piscina, que será tratada com cloro", orienta Jack. Os equipamentos de reúso adaptam-se às calhas e aos condutores já existentes na construção. Mas é importante lembrar que essa água nunca deve se misturar àquela fornecida pela rede pública, que é potável. Ela requer reservatório e encanamento próprios, como você verá a seguir.

POR ONDE COMEÇAR
Antes de investir num sistema de reúso da água de chuva, encomende um diagnóstico a uma empresa idônea. O ideal é que esse planejamento conste do projeto de construção ou reforma da casa ou do edifício. Para isso, levam-se em conta desde a área da cobertura até o índice pluviométrico da região, sem deixar de lado um bom estudo da conta de água do imóvel. "Dependendo do gasto médio, em dois anos já se registra o retorno do investimento", calcula Diogo Almeida, engenheiro da Sharewater, empresa de São Paulo que faz projetos para todo o Brasil. Tanto casas quanto prédios já construídos aceitam sistemas de reaproveitamento (em condomínios, rateia-se o custo do projeto e dos equipamentos). Às vezes é necessário mexer no telhado e nas instalações hidráulicas (para usar a água em descargas). Além disso, o sistema requer espaço para a instalação da cisterna subterrânea ou sobre o solo.

Quanto ao preço, em média, uma proposta básica com cisterna pequena sobre o piso começa em R$ 7 mil. As mais elaboradas chegam a R$ 15 mil. A boa notícia é que tudo isso aceita a implantação em etapas, o que dilui os gastos. Algumas empresas vendem kits prontos (veja dois exemplos abaixo), que incluem filtros, bomba, cisterna e orientação na hora de colocar tudo para funcionar. Os mais simples pedem apenas um dia para a instalação. Observe se o filtro oferecido é o de duas etapas ¿ além de folhas e da sujeira graúda, ele deve dispensar também os primeiros 2 ou 3 mm de água de chuva, medida que serve para limpar a impurezas acumuladas no telhado. Se você optar por um reservatório sobre o piso, que interfere na aparência da construção, encomende um nicho de alvenaria para disfarçá-lo. Todo esse esforço valerá a pena: "Ainda não temos uma referência em porcentagem, mas notamos que o imóvel se valoriza quando conta com o sistema", finaliza Diogo.

1 de novembro de 2012

Indústria terminará o ano de 2012 em recessão

por Míriam Leitão 
A produção industrial encolheu 1% em setembro em relação a agosto; na comparação com o mesmo período do ano passado, 3,8%. No ano, a produção industrial acumula queda de 3,5% e, em 12 meses, de 3,1%. A única medida que deu positivo foi a da média móvel trimestral (0,4%).

Quando a gente olha para os dados detalhados, por categorias de uso, por exemplo, qualquer que seja o tempo que se meça ou o ângulo que se olhe, dá negativo, o único positivo é o dado registrado por bens de consumo duráveis em setembro contra setembro do ano passado, de 2,9%, por causa dos incentivos dados ao governo a carros, linha branca.
Mas a queda foi generalizada tanto em relação a setembro de 2011 quanto na comparação com agosto. O maior recuo foi registrado por bens de capital, que caíram 14% ante o mesmo período do ano anterior, o que significa pouco investimento.
A indústria terminará o ano em recessão, a produção será menor do que em 2011.
Quando a gente analisa os dados por dentro, vê que aquelas medidas setoriais do governo tiveram resultado: no terceiro trimestre, por exemplo, a produção de automóveis, que recebeu incentivos, está com 8,5%; linha branca, 17,5%, mas acabam se perdendo no mar de números negativos.
O governo já deu incentivos, o BC já reduziu bastante os juros para combater o baixo crescimento. Além disso, o dólar se valorizou, o que ajuda a indústria, que passa a ter uma barreira natural contra a importação. Mesmo assim, o setor vai terminar 2012 no negativo. Será um ano ruim.
Esperava-se que o segundo semestre seria de recuperação, até agora, isso não se confirmou. Ainda assim, os economistas continuam achando que os últimos três meses serão melhores. Persiste a previsão de um fim de ano melhor do que o começo de 2012. O terceiro trimestre, no entanto, frustrou as expectativas.
Os economistas começam a dizer que, se continuar fraca, o BC pode voltar a reduzir juros. Nesse momento, o cenário é de manutenção da taxa, porque o BC deu sinais de que fará uma parada técnica. Mas se a produção permanecer assim, o BC pode voltar a reduzir os juros em 2013 - já há analistas prevendo isso.

Alimentos causam quase 1/3 das emissões do efeito estufa, diz estudo


Entre as recomendações do novo estudo está a promoção do vegetarianismo


A produção de alimentos responde por até 29% das emissões humanas de gases do efeito estufa, o dobro do que a ONU estimava, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira, 31.
A diferença ocorre porque a ONU avaliou apenas as emissões decorrentes da agricultura, ao passo que a entidade de pesquisas agrícolas CGIAR levou em conta também o desmatamento, a produção de fertilizantes e o transporte dos produtos agrícolas.
O relatório, intitulado Mudança Climática e Sistemas Alimentares, estima que a produção de alimentos gere entre 19% e 29% de todas as emissões humanas. A estimativa da ONU era de 14%.
"Do ponto de vista alimentar, (a abordagem da ONU) não faz sentido", disse Bruce Campbell, diretor do programa de pesquisas da CGIAR sobre mudança climática, agricultura e segurança alimentar.
Muitos países poderiam fazer uma economia significativa se reduzissem suas emissões, segundo ele. "Há boas razões econômicas para melhorar a eficiência na agricultura, não só para reduzir as emissões de gases do efeito estufa."
A China, por exemplo, poderia reduzir fortemente suas emissões se melhorasse a eficiência na fabricação de fertilizantes. Na Grã-Bretanha, seria mais vantajoso consumir carne de cordeiro importada de fazendas mais eficientes na Nova Zelândia, em vez de criar seus próprios animais.
Outra recomendação do relatório é para que o mundo altere sua dieta, dando preferência ao vegetarianismo. O cultivo de alimentos para vacas, porcos e ovelhas ocupa muito mais terras e emite mais gases de efeito estufa do que a manutenção de lavouras para consumo humano.
Outro relatório do CGIAR indica que a mudança climática deve reduzir nas próximas décadas a produtividade dos três produtos agrícolas que mais fornecem calorias à humanidade - milho, trigo e arroz - nos países em desenvolvimento.
Isso obrigaria alguns agricultores a optarem por cultivos mais tolerantes ao calor, a inundações e a secas, de acordo com o segundo relatório, intitulado Recalibrando a Produção Alimentar no Mundo em Desenvolvimento.
Cultivos mais resistentes, como inhame, cevada, feijão-fradinho, milheto, lentilha, mandioca e banana, podem preencher o espaço deixado por produtos mais sensíveis, diz o estudo.
"Os sistemas agrícolas mundiais enfrentam uma árdua luta para alimentar projetados 9 a 10 bilhões de pessoas em 2050. A mudança climática introduz um obstáculo significativo pra essa luta", disse o texto. A população mundial atualmente está ligeiramente acima dos 7 bilhões.
O estudo diz também que o aquecimento global, atribuído por cientistas da ONU à atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis, implica riscos para a produção alimentar além das lavouras, por gerar problemas também no armazenamento e transporte. 

Código Florestal: consequências da imbecilidade... Por Richard Jakubaszko



Richard Jakubaszko

Como alguém notoriamente sábio já falou (será que foi o Barão de Itararé?), "as consequências surgem depois". Olha só a imbecilidade: o Código Florestal deve ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff a qualquer momento. Contenha ou não vetos, no momento isto não é o mais importante, terão de ser protegidas e devidamente cercadas as margens de rios para efeito de APPs. Algum gaiato burocrata que gosta de estatística, me alerta lá de Brasília o colega jornalista Tito Matos, andou calculando que temos, no Brasil, cerca de 1.380.000 km de rios, riachos e córregos que deverão ser cercados dos dois lados, ou seja, serão 2 milhões e 760 mil km de cercas.
Pensei com meus fervorosos neurônios: vai faltar mourão, arame, e não vai ter dinheiro para toda essa imbecilidade!
Se não, vejamos: considerando que um mourão esticador deve ser instalado a cada 100 ou 140 metros de distância, e que a cada 4 ou 5 m tem de colocar uma lasca (os mourões menores), teremos a necessidade, por baixo, de 27 milhões de mourões esticadores e 100 milhões de lascas, mais 5 milhões e 520 mil km de arames, considerando que sejam apenas dois fios de arame...

Se a gente calcular que cada mourão esticador feito de eucalipto custa R$ 45,00 e cada lasca idem custa R$ 13,00 já temos uma conta salgada, nacional, superior a R$ 18 bilhões de reais sem considerar os custos com arame e mão de obra. Ai, ai, ai, quem vai pagar essa conta? O produtor rural, é claro, que já foi devidamente confiscado em 20% de sua área de terras...
Quem vibra com isso? Os fabricantes de arame, e, claro, os vendedores de mourões. A situação piora se a gente sabe que, faltando mourão de eucalipto (que dura no máximo 10 anos), teremos de usar mourão de aroeira, e estes custam R$ 120,00 o esticador e R$ 38,00 cada lasca, mas duram 100 anos se a madeira for tratada. Restam os mourões de concreto, que custam R$ 22,00 cada um equivalente a lasca, ou os mourões de plástico, que já existem, custam menos, e amanhã mesmo acho que vou até o BNDES me inscrever para conseguir um financiamentoe instalar uma fábrica de mourões de plástico...
Esperando ansioso a sanção presidencial está o amigo Claudemir, da Madeireira Aroeira, lá de São José do Rio Preto, que me forneceu os preços dos mourões. Ele vende mourões de eucalipto e de aroeira, estes vindos da Bolívia, todos certificados, pois o Brasil não possui mais aroeiras. Concluí de nossa conversa que vamos exterminar as aroeiras da parte amazônica bolivariana...
Tudo isso me leva a pensar sobre a imbecilidade ambiental inconsequente que se observa hoje em dia, os biodesagradáveis preocupados com a flatulência bovina esquecem da própria flatulência, são tão politicamente corretos que nem peidam. Por isso é que não se deve tentar segurar a natureza, pois quando a gente segura um petardo gasoso este pode entrar pela coluna cervical, sobe ao cérebro e daí nascem as ideias de merda, tipo esse Código Florestal, excrescência máxima do servilismo brasileiro, aprovado com sorrisos irônicos indisfarçados da comunidade internacional.
Será que o Código Florestal já se candidata a ser mais uma dessas leis nacionais que nunca pegam? O tempo dirá...

MPF: Incra responde por 1/3 do desmatamento da Amazônia





Brasília - A Justiça Federal proibiu o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de criar assentamentos sem regularização ambiental no estado do Pará. A ação judicial, que culminou na decisão, apontou o Incra como responsável por um terço do desmatamento na Amazônia.
“Os procedimentos irregulares adotados pelo Incra na criação e instalação dos assentamentos vêm promovendo a destruição da fauna, flora, dos recursos hídricos e do patrimônio genético, provocando danos irreversíveis ao bioma da Amazônia”, registrou a ação, aberta pelo Ministério Público Federal.
A decisão da Justiça Federal, publicada ontem (9), determina ainda que o Incra deverá apresentar,  no prazo de 90 dias,  um plano de recuperação de todas as áreas degradadas apontadas na ação e obrigou o Incra a interromper qualquer desmatamento que esteja em andamento nos projetos de assentamento. A autarquia terá ainda que apresentar todo mês à Justiça imagens de satélite que comprovem o cumprimento da determinação.
A autarquia também está obrigada a fazer a averbação da reserva legal dos assentamentos já implementados no Pará e a apresentar à Justiça informações detalhadas sobre a localização de todos eles.
A decisão ainda define que em 30 dias o Incra deverá apresentar um plano de trabalho para a conclusão dos cadastros ambientais rurais e licenciamentos ambientais de todos os assentamentos no Pará.
Em caso de descumprimento de qualquer das decisões, o Incra será multado em R$ 10 mil por dia.
Em nota, o Incra informa que desde 2007 não cria assentamentos sem licença ambiental prévia, em cumprimento à Resolução Conama 387, de 2006. A autarquia declara ainda que, desde a primeira quinzena de agosto, o Incra vem construindo no MPF caminhos para enfrentar os ilícitos ambientais nas áreas de assentamento, bem como propor soluções para as questões sociais nessas áreas.
A nota diz ainda que o órgão apresentou às câmaras de Coordenação e Revisão do MPF e aos procuradores da República da Amazônia, em agosto, o Plano de Prevenção, Combate e Alternativas ao Desmatamento Ilegal (PPCadi). O plano faz parte de uma agenda de atuação baseada na regularização ambiental via Cadastro Ambiental Rural (CAR), por unidade familiar, na recuperação ambiental com renda e segurança alimentar para as famílias, na valorização do ativo florestal e no monitoramento e controle dos assentamentos
A Procuradoria Federal Especializada no Incra (PFE/Incra) aguarda intimação de juízo e início do prazo para interpor recurso à decisão.

O ser ou não ser do aquecimento global



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Em finais de novembro irá ter início em Doha, capital do Qatar, a conferência da ONU para as alterações climáticas. O aquecimento global continua e ninguém sabe como pará-lo. Entretanto, há cientistas partidários da ideia de que nem se deve lutar contra o aquecimento.

O aquecimento global se daria ao dióxido de carbono CO2 que como resultado da atividade humana é emitido para a atmosfera da Terra em grandes quantidades. Contudo, existe a opinião de que o homem por princípio é incapaz de influenciar radicalmente o clima do planeta e de que todos os discursos sobre o aquecimento não passam de umaconspiração de alarmistas, políticos e industriais. Peritos em variações naturais globais partilharam a sua opinião com a Voz da Rússia sobre a escala do problema.
"Se pode responder à pergunta sobre a influência na atmosfera das emissões de CO2 com um "sim, influencia" ou com um "não, não influencia", refere o diretor do laboratório de investigação dos problemas globais da energia do Instituto da Energia de MoscouProfessor Vladimir Klimenko:
"Imaginem que nos últimos 15 anos as emissões mundiais aumentaram em cerca de 20 por cento, mas a temperatura diminiu. O que é que isso significa? Que as emissões não influenciam a temperatura? Não, não significa. Existe de todo um aquecimento global? Sim, existe. Irá ele continuar? Sim, irá. Será isso perigoso para a civilização mundial? Sim, é perigoso, se não se conseguir conter esse aquecimento global nos limites de cerca de um grau a partir do nível atual".
Até há pouco tempo, se tentou combater o aquecimento global e outras alterações climáticas limitando as emissões de carbono efetuadas pelas unidades industriais. Essa luta era feita no âmbito das convenções da ONU sobre as alterações climáticas e dos acordos de limitação que as acompanharam. Essas limitações afinal não foram suficientes. Além disso, os principais emissores de CO2, a China e principalmente os EUA, não assumiram quaisquer compromissos por considerações econômicas. E não se consegue assim reduzir as emissões de carbono.
Atualmente, os cientistas propõem reduzir o CO2 diretamente na atmosfera ou então simplesmente tapar a Terra do excesso da radiação solar. No entanto, as consequências da intervenção humana na síntese natural são imprevisíveis, na opinião do diretor do programaO Clima e a Energia do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) Alexei Kokorin:
"Teoricamente, até se pode capturar o CO2 da atmosfera, essa tecnologia existe, e bombeá-la, por exemplo, para o solo ou para as profundesas do oceano. A questão é o que será mais barato neste momento? Começar a poupar energia, aprofundar a eficiência energética e desenvolver as energias renováveis? Por outro lado, existem possibilidades teóricas de influenciar o clima de forma direta, por exemplo com uma tela de enxofre. Mas essas coisas são muito perigosas. Isso por que os modelos informáticos demonstram que podemos cair numa alteração climática brusca se começarmos a fazer algo do tipo do ecrã de enxofre. E entraremos bruscamente num período glaciar".
O professor Vladimir Klimenko coloca uma questão retórica, será que vale mesmo a pena combater o aquecimento global:
"Do meu ponto de vista, não é preciso. Isso porque a relação dos fatores humanos e naturais é tal, que a velocidade do aumento da temperatura nas próximas décadas será inferior à que se atingiu nos últimos 30 anos e que assustou de tal maneira a opinião pública mundial. Um dos fatores principais é o de que a atividade solar estar a diminuir. E, portanto, se reduz a quantidade de calor que a Terra recebe do Sol. Assim, o Sol se contrapõe de forma importante ao efeito de estufa em crescimento. O problema é: qual será a resultante dos múltiplos fatores que influenciam o clima".
Na opinião de Klimenko, se para a maior parte da Rússia o aumento da temperatura pode ter uma série de consequências positivas, para muitos países de África e países insulares do Pacífico as alterações climáticas serão fatais. Só faz sentido falar sobre consequências positivas ou negativas do aquecimento global em contextos geográficos específicos.

Crise faz britânicos diminuírem atenção com validade de alimentos




Comida na geladeira | Foto: BBC
Diminuição de padrões de segurança pode aumentar risco de intoxicações alimentares, alerta pesquisa
Em meio ao cenário de crise, que força as pessoas a enxugarem seus orçamentos, muitos britânicos passaram a prestar menos atenção ao prazo de validade dos alimentos, correndo mais riscos de intoxicações, alerta um estudo da agência que regula padrões alimentares na Grã-Bretanha.
De acordo com a pesquisa, muitas pessoas estão tentando aproveitar ao máximo os produtos e os restos de pratos preparados em casa.

A agência diz que, na prática, isso significa ignorar os prazos de validade e manter produtos e restos de comida na geladeira por mais tempo do que o normal.
Mais de 2 mil britânicos foram ouvidos em diversas partes do país, e os resultados mostram que mais da metade está tentando economizar ao tentar fazer com que a comida dure mais tempo.

Calor

A chegada do verão no hemisfério norte aumenta a preocupação com esses novos hábitos, já que o calor representa um risco maior de proliferação de germes e bactérias na comida.
Bob Martin, um dos especialistas da agência do governo, diz que o reaproveitamento das sobras de comida é, de fato, uma forma de economizar, mas que os riscos não podem ser ignorados.
"A maior parte das pessoas está tentando encontrar novas formas de maximizar o orçamento, com o aumento progressivo dos gastos semanais com alimentos nos últimos anos. Usar sobras de comida é uma boa maneira (...) mas, a não ser que tenhamos muito cuidado, há o risco de intoxicação alimentar por não mantermos ou lidarmos com elas de forma apropriada", diz.
A agência britânica diz que um terço das pessoas passou a somente analisar visualmente e cheirar os restos de comida ao invés de observar a data de validade.
"É tentador somente cheirar a comida para saber se ela estragou, mas germes alimentares como a E.coli e a Salmonella não causam mau cheiro, mesmo que estejam em estágio avançado de proliferação. Por isso, sua comida pode estar com aparência e odor bons, embora esteja deteriorada", alerta Martin.
De acordo com o estudo, as sobras de comida devem ser guardadas na geladeira e consumidas em até dois dias após serem bem cozidas.

O que comeremos em 20 anos?




Insetos/Getty
No Ocidente, muitos resistem à ideia de comer insetos, hábito comum em outras culturas
Projeções de especialistas indicam que o aumento populacional, dos preços dos alimentos e a limitação na disponibilidade de recursos vão mudar os hábitos alimentares humanos nas próximas décadas.
Alguns analistas calculam que o preço dos alimentos pode dobrar nos próximos cinco a sete anos, tornando itens hoje comuns, como carne, em artigo de luxo.

Insetos
Veja abaixo algumas alternativas que, embora estranhas à primeira vista, são apontadas como caminhos prováveis para resolver lacunas na demanda por alimentos.
O governo holandês já investiu um milhão de euros em pesquisa sobre como inserir carne de insetos nas dietas de seus cidadãos e preparar leis para regulamentar sua criação.
Insetos fornecem tanto valor nutricional quanto carne de mamíferos, mas custam e poluem muito menos. Cerca de 1, 4 mil espécies poderiam ser consumidas pelo homem, compondo salsichas ou hambúrgueres.
Boa parte da humanidade já come insetos, especialmente na Ásia e África. Mas os mercados ocidentais devem resistir à ideia e vão ser necessárias grandes campanha de marketing para tornar aceitável ideia de incluir insetos como gafanhotos, formigas e lagartas no cardápio.

Uso de som

Já é bem conhecida a influência que aparência e cheiro podem ter sobre o que comemos, mas uma área em expansão que pode render descobertas interessantes é a dos estudos sobre o efeito do som sobre o paladar.
Um estudo da Universidade de Oxford descobriu que é possível ajustar o gosto der determinados alimentos através da música que se ouve ao fundo.
A música pode, por exemplo, fazer uma comida parecer mais doce do que ela é. Esse recurso pode ajudar a reduzir o consumo de açúcar.
Outro exemplo: Sons graves de instrumentos de sopro de metal (como saxofones ou tubas) acentuariam o gosto amargo de alimentos.
Empresas podem passar a recomendar listas de músicas para melhorar a "experiência" do consumo de seus produtos.

Carne de laboratório

Cientistas holandeses criaram carne em laboratório usando células-tronco de vaca e esperam desenvolver o primeiro "hambúrguer de proveta" até o fim de 2012.
A produção de carne artificial poderia trazer grandes benefícios ao meio ambiente, pela redução no número de cabeças de gado - grandes emissores de CO2 - e nas áreas de floresta desmatada para a criação de pastos. A carne de laboratório poderia ser manipulada para ter níveis bem mais saudáveis de gordura e nutrientes.
Os pesquisadores holandeses dizem que a meta é fazer a carne in vitro ter o mesmo gosto que a tradicional - coisa que ainda está longe de ter.

Algas

Elas podem alimentar homens e animais, oferecer uma alternativa em graves crises alimentícias e ainda abrem mão do gasto de terra ou água potável para seu cultivo.
Cientistas ainda apontam para o potencial de algas como fontes de biocombustíveis - o que reduziria a dependência dos combustíveis fósseis.
Alguns especialistas preveem que fazendas de algas poderiam se tornar a mais promissora forma de agricultura intensiva.
Elas já existem em países asiáticos como o Japão.
Como os insetos, elas poderiam ser introduzidas em nossas dietas sem que soubéssemos. Cientistas na Grã-Bretanha estudam a substituição de sal marinho por algas em pães e outros alimentos industrializados.
Grãos têm um forte sabor, mas com baixo índice de sal, sendo portanto, mais saudáveis.

Bananas terão papel-chave na alimentação em mundo ‘aquecido




Carregadores de banana em Uganda (BBC)
Fruta seria opção em países atingidos por climas extremos
Um relatório recém-divulgado afirma que as mudanças climáticas poderão fazer das bananas uma fonte alimentar crucial para milhões de pessoas.
A conclusão é parte de um relatório elaborado pelo Grupo Consultor de Pesquisas Agrícolas Internacionais (CGIAR, na sigla em inglês), uma entidade que reúne pesquisadores de todo o mundo e que visa reduzir a pobreza rural, aumentar a segurança alimentar e melhorar a saúde e a nutrição humana, fazendo uso de um gerencialmento sustentável de recursos naturais.

Atendendo a um pedido do Comitê da ONU para Segurança Alimentar, especialistas analisaram os efeitos de mudanças climáticas em 22 das mais importantes commodities agrícolas mundiais.
De acordo com o CGIAR, a fruta poderá vir a substituir a batata em alguns países em desenvolvimento.
Eles preveem uma queda na produção de batata, arroz e trigo - três dos produtos agrícolas que mais oferecem fontes de calorias.
Eles afirmam que o cultivo de batata, que cresce melhor em climas temperados, poderá sofrer com aumentos de temperatura e mudanças climáticas.
Os autores afirmam no relatório que estas mudanças poderão oferecer ''uma oportunidade para o cultivo de certas variedades de bananas'' em regiões de altitude mais elevada, até mesmo nos locais em que atualmente batatas são cultivadas.

Opção

''Não é necessariamente uma fórmula mágica, mas haverá regiões em que, à medida em que as temperaturas forem aumentando, as bananas poderão ser um opção para os pequenos agricultores'', disse, em entrevista à BBC, Philip Thornton, um dos autores envolvidos no estudo.
O documento afirma que o trigo fornece a mais importante proteína e fonte de caloria derivada de um vegetal. Mas acrescentou que o cereal enfrentará dificuldades no mundo emergente, onde preços de algodão, mandioca e soja jogaram o trigo para terras agrícolas mais pobres, o que pode fazer com que o produto esteja mais vulnerável a problemas ligados às mudanças climáticas.
Um possível substituto, especialmente no sul da Ásia, poderia ser a mandioca, que é mais resistente a climas mais intensos.
Mas quão fácil será fazer com que consumidores se adaptem a novos alimentos e novas dietas?
Bruce Campbell, o diretor do Programa de Mudanças Cimáticas, Agricultura e Segurança Alimentar (CCAFS, na sigla em inglês) disse à BBC que as mudanças que estão ocorrendo agora já se deram também no passado.
''Há duas décadas não havia quase qualquer consumo de arroz em certas partes da África, agora existe. Os hábitos das pessoas mudaram devido ao preço. É mais fácil adquirir arroz, é mais fácil de cozinhar. Eu creio que mudanças acontecem normalmente e elas acontecerão no futuro'', disse.
Uma das principais preocupações dos pesquisadores é como obter fontes de proteínas que compõem a dieta alimentar. Soja é uma das principais fontes de proteína, mas ela é suscetível às mudanças climáticas.
Cientistas afirmam que o feijão fradinho, conhecido na África subsaariana como ''carne de pobre'' é resistente a secas e se adapta melhor a climas quentes e, portanto, poderia ser uma boa alternativa à soja. Folhas de feijão também podem ser usadas como alimento para gado.
Em alguns países, como a Nigéria e o Níger, fazendeiros já estão trocando a produção de algodão pela de feijão fradinho.
De acordo com o estudo, é provável que também se deem nos próximos anos avanços na produção de fontes de proteína animal, como uma transição para uma pecuária extensiva para a intensiva.
''Isso é um exemplo de algo que já está acontecendo. Houve uma grande transição de criação de gado bovino para a criação de cabras no sul da África, algo que ocorreu em decorrência das secas. Quando fazendeiros percebem que há problemas em suas produções, eles realmente se dispõem a mudar. A mudança é realmente possível, não é apenas uma ideia louca'', disse Campbell.